Plano de Verificação


Cada projeto é único no tempo, segundo a definição do PMBOK, 5a Edição: "Qualquer série de atividades, com objetivo específico, que possui data de início e de fim. Pode ter um orçamento fixo, utilizar pessoas, tempo e equipamento e pode utilizar múltiplas áreas funcionais". O processo, diferentemente do projeto, é congelado e serve como padrão de desenvolvimento. É necessário instanciar o processo para um projeto, ou seja, aplicar o processo padrão a um contexto, e isto é realizado através dos planos. A definição da estratégia de trabalho é algo que será feito pelo projeto, e não pelo processo.

A informação principal de qualquer plano, seja qual for a aplicação, é estabelecer o escopo e o prazo do projeto. É comum incluir nos planos os cronogramas com datas de início e fim de cada fase do projeto, assim como suas dependências. Em planos mais detalhados pode ser necessário incluir os critérios de transição de fases. Eles definem o critério mínimo necessário para que uma fase seja iniciada e terminada, por exemplo, fase de codificação ou qualquer outra fase do processo. É importante ter cuidado ao se definir estes critérios para não impedir o fechamento de uma fase por um critério desnecessário, impedindo assim o início da fase seguinte. O plano não deve dificultar a dinâmica do projeto, que em casos como o desenvolvimento em espiral, deve ocorrer de maneira rápida.

O projeto é realizado através de atividades. Estas atividades estão previstas no processo, porém sem as características específicas que tornam cada projeto único. As atividades são realizadas por pessoas e ferramentas, recebem entradas e as transformam em saídas.

O plano deve definir quem (ou que time) é responsável por cada atividade. Vamos lembrar que em alguns casos é necessário estabelecer independência entre quem executa uma atividade e outra, e isto deve ser tratado no plano. A independência pode ser resolvida em diferentes níveis, sendo o mínimo a independência por pessoas, seguido por um nível moderado que é o da independência por grupos, chegando ao nível máximo que é o de independência por organizações.

Com relação às ferramentas, hardware e software utilizados para apoiar as atividades devem estar detalhados nos planos. Além de identificar suas versões (nos casos de ferramentas de software), é importante definir o papel de cada ferramenta no cumprimento das atividades.

Quando o projeto necessita de uma homologação, ou certificação, algumas normas da indústria precisam ser seguidas, e o plano deve explicar como cada quesito imposto pela norma será satisfeito pelas atividades do projeto. Existem normas nas indústrias aeronáutica, espacial, médica e automotiva.

O plano de verificação trata especificamente das atividades desta disciplina. Ele deve explicar os métodos de verificação, que serão abordados em detalhe adiante. Os mais comuns são revisões, análises, inspeções e testes de vários tipos. No caso dos testes, eles podem ser executados em vários ambientes, ou veículos de teste, como é o caso de: simulação computacional, teste em protótipo e teste no sistema real. Na indústria espacial existe o conceito de matriz DVM (Design Verification Matrix), onde cada requisito de sistema é mapeado para um método de verificação e um veículo de teste.

Comentários